Este posting tem que ver com o Paredão do Big Brother Brasil 8, realizado ontem, 4 de março de 2008 (na verdade, poucas horas atrás: não fui dormir ainda, estou acompanhando o resultado das Primárias americanas). Para quem possa se surpreender de eu estar escrevendo sobre o assunto, respondo com a frase de Terentius que dá título ao posting: "Sou humano: de nada humano me desinteresso".
Convenhamos desde o início: o doutor tem problemas — o doutor, no caso, é Marcelo, formado em Medicina e, pelo que consta, terminando sua residência em Psiquiatria. Faz sentido. Na realidade, tenho cá pra mim que quem escolhe ser psicólogo ou psiquiatra em geral tem problemas pessoais sérios que espera solucionar exercendo a profissão: ele próprio é seu cliente mais importante. É o caso do "Médico: cura-te a ti mesmo!".
O Marcelo é cri-cri, chato, metido, presunçoso, fala demais. Mas eu estava torcendo para ele Marcelo ficar na casa ao final do Paredão de hoje — e ficou. O blog "De Cara para a Lua" (http://decarapralua.zip.net/), escrevendo antes do Paredão, ofereceu suas dez razões para querer que Marcelo ficasse na casa. Concordo com a maioria delas. Mas eu, escrevendo depois do Paredão, vou oferecer a minhas cinco razões para ter ficado contente com o resultado:
1) O Marcelo é o cara mais inteligente naquela casa (incluindo os que já saíram) e, de longe, o mais hábil jogador;
(A jogada dele quando indicou a Natalia para o paredão, duas semanas atrás — quando todo mundo esperava que fosse indicar o Fernando — foi um golpe de mestre: desequilibrou a estratégia dos demais e os obrigou a fazer o que eles esperavam que ele fosse fazer.)
2) O julgamento dele acerca dos outros jogadores é sempre absolutamente correto.
(A Thatiana é a chatice em pessoa, e mais do que isso: é totalmente desequilibrada emocionalmente. O Marcos é a babaquice em pessoa. O Rafinha, um bobo que pensa que é muito mais vivo do que realmente é — na verdade, só sabe fazer caretas. As outras meninas (Juliana e Natalia), excetuada a Gyselle, são meras peças decorativas — ornamentos da casa — e se comportam como tais.)
3) Todo mundo na casa ficou contra ele esta semana porque ele brigou com a louquinha — até a Gyselle, agora: e eu gosto de torcer pelo "underdog"…
4) Gosto de ver climas de "já ganhou" e "já perdeu" frustrados: todo mundo estava certo de que a Juliana ia ficar e o Marcelo ia sair… O Bial, que é vivo e sabia disso, e sabia do resultado do Paredão, perguntou a cada um deles quem eles desejavam que se salvasse: todos disseram: Juliana (a Natalia acrescentando a Gyselle, porque se salvariam dois).
5) Sem o Marcelo, não iria ter mais graça olhar o programa (exceto, talvez, para acompanhar uma possível estratégia da Gyselle).
(Creio que a Gyselle brigou com o Marcelo porque o considerou, como os outros, carta fora do baralho. Resta ver o que ela, e os outros, vão fazer agora).
(Convenhamos que, mesmo com o Marcelo na casa, não há tanta graça assim em acompanhar o programa…)
Enfim…
Vamos ver o que acontece agora: quem pega a liderança, por exemplo. Estou torcendo para o Marcelo pegá-la, novamente — para ver como ele vai jogar. E é preciso ver o que o telefone, se houver, vai determinar. Parece que os Paredões triplos terminaram — só há seis na casa (três casais, se é que se pode chamá-los assim, dadas as orientações sexuais de alguns deles…).
Em Campinas, 5 de Março de 2008