A natureza cria os seres humanos, uns machos, outros fêmeas; uns brancos, outros negros, outros vermelhos, outros amarelos, outros meio marrons; uns com olhos castanhos, outros com olhos negros, outros com olhos verdes, outros com olhos azuis; uns com cabelos negros, outros com cabelos castanhos, outros com cabelos vermelhos, outros com cabelos loiros; uns com cabelos lisos, outros com cabelos ondulados, outros com cabelos encaracolados, outros com cabelos bem enroladinhos; uns maiores do que outros ao nascer, uns com tendência a ser altos; uns magrinhos ao nascer, outros gordinhos ao nascer, uns com tendência a engordar, outros com tendência a ser ou permanecer magros; uns com dedos longos e finos, outros com dedos curtos e fofinhos; uns com covinhas no rosto, outros sem; uns com orelhas ou nariz grandes, outros não; uns com nariz afinado, outros com nariz achatado; uns com lábios finos, outros com lábios grossos; uns com olhos puxadinhos, outros com olhos quase arredondados; e assim vai.
Dada toda essa desigualdade em nossaos aspectos físicos, é de supor que, do ponto do vista intelectual, mental em geral, e emocional, nós seríamos todos formatados pela natureza de acordo com uma única forma?
Que somos diferentes, desiguais, únicos seria a coisa mais evidente do mundo se não houvesse uma ideologia igualitária que insiste, contra toda evidência, na nossa igualdade substantiva e material. A desigualdade é tão patente que, quando encontramos duas pessoas muito parecidas, fora gêmeos idênticos, isso nos chama a atenção — exatamente pela exceção.
A filosofia liberal, que eu endosso, defende a tese de que, apesar de todas essas diferenças e desigualdades substantivas e materiais, devemos ser tratados, pela lei e diante dela, e, portanto, na esfera formal, como iguais.
É por isso que sou contra os tratamentos preferenciais aplicados a mulheres, ou a gays, ou a grupos étnicos e raciais, ou a grupos sócio-econômicos. Esses tratamentos introduzem a desigualdade — no caso, o tratamento desigual pela lei e diante dela — exatamente onde essa desigualdade não deveria existir, numa busca, comprovadamente vã, da igualdade substantiva e material.
Em São Paulo, 25 de Abril de 2010
assunto polemico, meu amigo!!!mas eu posso, com certeza, colocar o meu parecer.sou mulher, mestiça e descaptalizada; viu que belo pacote?cresci em uma cidade do interior paulista extremamente racista (na epoca)ainda criança uma vizinha me perguntou se eu gostaria de ser mais branca…quando eu perguntei, pra que?? fiquei sem resposta(so´me lembro da cara de espanto dela)no primario, eramos 2 mestiças na sala de aulano ginasio2no cursinho, numa classe de 80 alunos, so´eu.funcionava assim: para os brancos, eu não era branca o suficientepara os negros, eu não era negra o suficientecresci entre fogo cruzado…srsrsrmas, longe de ficar deprimida, isto me fortaleceu…me fez abrir os olhos e ver que na verdade, existem aqueles que se valem das diferenças para proveito proprio, para serem coitados ou carrascos, que na verdade não querem igualdade, querem baderna pura.preconceito de tons de pele, financeiro, religioso, etc, sempre vai existir, a mim parece que faz parte da natureza humana, exaltar negativamente as diferenças.quando se fazem leis para que alguma coisa funcione….não vai funcionar!quanto ao fato de ser mulher…eu fico pensando…sera´que a culpa e´nossa???afinal, nos parimos e educamos os homens…l1 minuto atrás | Excluir